DUPLAPLUS: Eksperimentalis Movimento – (re)RASTROS
24/3/17
Rastros podem ser compreendidos enquanto marcas ou registros. São possibilidades de permanência do que já não está mais aonde deveria. As coisas, as pessoas e suas ações, se estendem, se confundem, se emancipam de si mesmas e seguem seu próprio rumo. Seguem adiante ao mesmo tempo em que deixam em torno de si algumas evidências de que estiveram por ali.
Afinal, para onde vão os movimentos que se transformam em ação? As coreografias são rastros de movimentos? Movimentos são marcações para o corpo? Será que o corpo carrega consigo as marcas dos lugares por onde esteve? Será que o corpo possui os espaços que já ocupou?
A escolha do movimento pode ser a busca de um limite entre a ação e a mesmice, entre uma linguagem e outra. De qualquer forma, movimentos marcam, demarcam e ocupam espaços. Neste contexto o corpo é apenas um desses espaços que marca e é marcado. O corpo, aos poucos, deixa rastros. Deixa extensões de si mesmo em outras materialidades: em suor, em gestos, em respiração.
Ary Coelho e Luisa Günther